A Verdadeira História por Trás dos Contos de Fadas Mais Famosos

Quando pensamos em contos de fadas, nossa mente viaja para reinos mágicos onde sapos se transformam em príncipes, fadas madrinhas realizam desejos e finais felizes são garantidos. Mas e se eu te dissesse que por trás desses contos encantadores, há versões bem mais sombrias e perturbadoras? Isso mesmo, os contos de fadas que conhecemos hoje passaram por uma bela (ou assustadora) transformação ao longo dos séculos. Se você está pronto para descobrir o lado obscuro das histórias da sua infância, continue lendo!

1. Cinderela: Um Sapato de Cristal e Muita Violência Familiar

Quem não conhece a clássica história de Cinderela? Uma jovem maltratada por sua madrasta e meia-irmãs, que finalmente encontra o amor verdadeiro com a ajuda de uma fada madrinha e um sapato de cristal. Lindo, né? Bem… nem tanto.

Na versão dos irmãos Grimm (que, aliás, tinham um talento especial para deixar os contos um pouco mais assustadores), a história de Cinderela envolve muito mais sangue. Quando o príncipe vai em busca da dona do sapato, uma das irmãs tenta calçá-lo cortando parte dos seus próprios dedos do pé. A outra, nada boba, corta o calcanhar fora! Sim, você leu certo. E, para completar o clima de terror, no final da história, pássaros bicam os olhos das irmãs más como punição pelos seus atos cruéis. Final feliz? Depende do ponto de vista.

2. Chapeuzinho Vermelho: O Lobo Não Era Tão Bobo Assim

Na versão açucarada que conhecemos, Chapeuzinho Vermelho é salva por um caçador corajoso que derrota o lobo e liberta sua vovó do estômago do animal. Porém, o conto original, também dos irmãos Grimm, é bem menos “família”.

No começo, a trama é a mesma: Chapeuzinho e sua vovó são engolidas pelo lobo. Mas o detalhe interessante é que, na versão mais antiga, não há caçador heroico para salvá-las. O lobo simplesmente devora as duas e fim de história! Moral da fábula? Bem, na época, o foco era ensinar às crianças a não confiar em estranhos – uma lição passada de maneira bem direta, não acha?

3. A Pequena Sereia: O Preço do Amor

Quem assistiu à versão da Disney de A Pequena Sereia provavelmente chorou de felicidade quando Ariel finalmente conquistou o coração do príncipe Eric, tudo embalado por canções contagiantes. No entanto, a versão original, escrita por Hans Christian Andersen, é tão triste que pode deixar qualquer um em posição fetal.

Na história original, a Pequena Sereia não só perde sua voz ao fazer o acordo com a bruxa do mar, mas cada passo que dá em terra firme lhe causa uma dor insuportável, como se estivesse andando sobre lâminas afiadas. E o final? Bem, o príncipe se casa com outra mulher, e a sereia, desolada, tem duas opções: matar o príncipe e retornar ao mar, ou morrer. E adivinha o que ela escolhe? Isso mesmo, ela morre e se transforma em espuma do mar. Nada de “felizes para sempre” por aqui!

4. Branca de Neve: Maçã Envenenada e uma Vingança Cruel

A Branca de Neve que conhecemos foi feita famosa pela Disney, mas sua origem é muito mais sombria. Nos irmãos Grimm, além do já conhecido envenenamento por maçã, a Rainha Má tem um destino bastante cruel.

Depois que o príncipe desperta Branca de Neve, ele decide punir a madrasta de uma maneira um tanto macabra. Ela é forçada a usar sapatos de ferro em brasa e dançar até a morte! Não parece tão infantil agora, né?

5. Bela Adormecida: Não Era Apenas Sono

O conto da Bela Adormecida é, em sua essência, uma história sobre maldições e beijos de amor verdadeiro. Porém, na versão original, a história é um pouco mais… controversa. No conto de Giambattista Basile, a Bela Adormecida não é despertada por um beijo inocente, mas sim por um rei que a encontra enquanto ela ainda dorme e… bem, abusa dela. Sim, é isso mesmo.

Ela só acorda depois de dar à luz gêmeos enquanto ainda estava sob o feitiço. Um dos bebês suga seu dedo, retirando a farpa envenenada que causou o sono profundo. Definitivamente, não é o tipo de história para contar antes de dormir.

6. Rapunzel: Muito Mais do Que Cabelos Longos

Rapunzel, Rapunzel, jogue suas tranças! O conto que conhecemos envolve uma donzela presa em uma torre por uma bruxa má, esperando por um príncipe salvador. Mas, originalmente, a história tem um toque bem mais sombrio.

No conto dos irmãos Grimm, Rapunzel não é só resgatada, mas acaba engravidando do príncipe (o que, na época, era um grande escândalo!). Quando a bruxa descobre, ela corta as tranças da jovem e a abandona em um deserto, onde ela dá à luz seus filhos sozinha. O príncipe? Ele é cegado pela bruxa ao cair da torre. Só depois de vagarem por muito tempo, os dois se reencontram, e as lágrimas de Rapunzel restauram a visão dele. Nada mal para uma lágrima milagrosa!

Nem Tudo é Tão Encantador Assim

Se há algo que podemos aprender com essas versões mais sombrias dos contos de fadas, é que os finais felizes nem sempre foram a norma. Na verdade, muitos desses contos serviam para ensinar duras lições de moral, muitas vezes por meio de histórias brutais e macabras. Hoje, adaptados e suavizados, eles se tornaram o que conhecemos: aventuras mágicas com finais felizes. Mas, da próxima vez que você assistir a um clássico da Disney, lembre-se de que a versão original pode ter sido muito, muito diferente.

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