As Cartas de Amor Mais Estranhas da História

O amor está longe de ser um sentimento controlável, especialmente quando transbordava no papel nas épocas em que não havia WhatsApp, mensagens diretas ou emojis para suavizar ou esclarecer o tom das intenções. Às vezes, as cartas de amor acabavam mais como um terremoto romântico do que uma doce serenata. Aqui, vamos explorar algumas das cartas mais bizarras e surpreendentes já registradas na história e ver como o romance, como a vida, nem sempre foi suave e direto!

1. Beethoven e a “Amada Imortal”

O genial compositor Ludwig van Beethoven deixou um mistério romântico no formato de uma carta endereçada à sua “Amada Imortal”. Nessa mensagem intensa e um pouco desconexa, Beethoven despejou sentimentos profundos e um tanto desesperados, mas nunca mencionou o nome do destinatário. Ele escreveu com paixão:

“Meu anjo, meu tudo, meu eu… posso viver apenas completamente contigo ou nunca mais!”

O problema? A tal “Amada Imortal” nunca foi identificada, e algumas teorias sugerem que talvez ela nem tenha recebido a carta! Pode ser que ele tenha se apaixonado intensamente por alguém… e ela nunca tenha descoberto. Imagine a situação! Não houve “vizualizado às 10h45” para confirmar o recebimento. Quem quer que fosse, nunca saberemos se ela gostava de Beethoven como ele a idolatrava. Como diríamos hoje, talvez ele tenha lido demais nos sinais…

2. Napoleão e o Romantismo à Francesa

Napoleão Bonaparte tinha uma personalidade ousada, mas suas cartas de amor para a esposa Joséphine revelam um lado bastante peculiar (e até inconveniente). Em uma delas, Napoleão escreveu:

“Não se perfume demais, estou voltando em três dias.”

Isso mesmo! No auge do romantismo, Napoleão, que estava longe em uma campanha militar, basicamente pediu para Joséphine não tomar banho para que ele pudesse sentir o cheiro “natural” dela quando voltasse. Talvez ele quisesse demonstrar que sentia saudade genuína da presença dela até mesmo do aroma mais autêntico possível. Hoje em dia, é possível que essa mensagem fosse respondida com um emoji de surpresa ou talvez com um bloqueio temporário.

3. Lord Byron e sua “Ex” Arrependida

O poeta inglês Lord Byron era um verdadeiro bad boy do século XIX, e sua fama de sedutor era acompanhada de cartas apaixonadas, mas também de rompimentos ardentes. Sua ex-noiva, Lady Caroline Lamb, tomou o rompimento muito a sério e, em resposta a ele, mandou uma carta… com um pouco de arte performática. Lady Lamb enviou uma carta cortada em pedaços e dentro de uma caixa, junto com um pedaço de sua própria pele (!) como lembrança.

Ela queria provar a intensidade de seus sentimentos, mas o resultado provavelmente soou mais como uma cena de um filme de terror do que um romântico “não posso viver sem você”. Lord Byron, que certamente já tinha visto de tudo, não respondeu quem sabe ele estava tentando evitar um caso com um lado mais sinistro!

4. Kafka e o Amor em Tom de Urgência

Franz Kafka, o famoso escritor tcheco, era conhecido por seu estilo existencialista e sombrio, mas também deixou sua marca no campo das cartas de amor… de uma maneira inquietante. Em uma troca intensa de correspondências com Felice Bauer, Kafka escreveu um pedido de casamento que mais parecia um contrato legal. Ele discutiu questões práticas e sombrias, enfatizando o sacrifício que seria casar com ele, como se ela estivesse assumindo uma responsabilidade quase insuportável. Um trecho dizia:

“Eu seria um esposo amargo, silencioso e magro…”

Romântico, não? Kafka estava tentando mostrar sua “realidade” e honestidade, mas a carta acabou soando mais como um aviso para Felice do que uma declaração de amor. Ela, sabiamente, aceitou e depois desaceitou, não muito tempo depois. Kafka certamente poderia ter se beneficiado de umas dicas de redação de cartas mais animadas…

5. Oscar Wilde e a Crítica Que Saiu Pela Culatra

Oscar Wilde era conhecido pelo humor afiado e pela inteligência em seus escritos e vida pessoal. No entanto, seu relacionamento com Lord Alfred Douglas (“Bosie”) estava longe de ser pacífico. Em uma carta famosa, Wilde escreveu a Bosie, expondo seus sentimentos de maneira dramática e intensa:

“Meu caro menino, você não sabe com quem está lidando.”

A resposta de Bosie? Bem, ele não apenas ignorou a carta como também continuou com comportamentos que desafiavam Wilde, levando-o a cair em uma espiral de emoções complicadas. O “eu te avisei” de Wilde parece que passou batido, e, em retrospecto, o tom ácido dele talvez não tenha sido a melhor maneira de conquistar a atenção positiva de Bosie.

6. Catarina, a Grande, e a Linguagem “Direta”

Catarina, a Grande, era uma mulher poderosa e prática, e suas cartas de amor eram notoriamente diretas, especialmente quando queria terminar relacionamentos. Certa vez, ao se cansar de um de seus amantes, escreveu uma carta dizendo que ele estava “promovido” e agora seria um “conselheiro” e um amigo respeitável. Ela até lhe ofereceu uma pensão como agradecimento pelo “serviço”.

Hoje, essa carta poderia ser vista como uma versão bem elaborada do famoso “vamos ser só amigos”. Pode ser que Catarina fosse “fria” ou prática, mas talvez ela apenas estivesse garantindo que seus términos fossem tão organizados quanto suas políticas. Se fosse em tempos modernos, possivelmente daria dicas de carreira ao seu ex no LinkedIn depois da carta.

Essas cartas de amor estranhas e inusitadas nos lembram de que o amor, seja em 1800 ou hoje, raramente é uma linha reta. Erros de comunicação, exageros e até toques de loucura fazem parte da experiência humana de amar e ser amado. Talvez, depois de ver essas histórias, você se sinta um pouco mais tranquilo(a) sobre aquele texto mal escrito que enviou para o crush ao menos não cortou a carta em pedaços ou mandou pelo correio com um toque aromático não solicitado.

Afinal, se nem os grandes nomes da história conseguiram acertar no romance, estamos todos desculpados por aqueles deslizes românticos que, às vezes, são a melhor parte da história!

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